Os três textos analisados têm como tema os mapas conceituais na educação. Os mesmos objetivam conceituar o tema e analisar através de pesquisas, o papel das interações realizadas tanto pelo tutor de EAD e os alunos de curso na respectiva modalidade, como por pares simétricos (no caso, alunos de 9º ano) utilizando mapas conceituais, especificamente, o software Cmap Tools.
Os Mapas Conceituais foram desenvolvidos por Joseph Novak e sua equipe, em 1972, durante um trabalho de pesquisa desenvolvido ao longo de 12 anos. Devido a pesquisa ter sido de longo período, o registro das informações coletadas tornou-se um problema. Para a solução, Novak e sua equipe sentiram necessidade de desenvolver uma ferramenta, fundamentada nos princípios teóricos de Ausubel (1978) e Vygotsky (1988). A técnica desenvolvida consistia em selecionar os conceitos chaves das entrevistas e transcrevê-los numa estrutura hierárquica, surgia assim, a ferramenta conhecida hoje por mapas conceituais.
Mapas conceituais foram desenvolvidos para promover a aprendizagem significativa, aprender significativamente implica atribuir significados e estes têm sempre componentes pessoais. Os MCs não buscam classificar conceitos, mas, relacioná-los e hierarquizá-los, pode ser usado como instrumento de análise de currículo, técnica didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação.
A produção de um mapa conceitual pode ser um processo de aprendizagem muito individual e particular. A ligação de conceitos de um MCs estabelece um significado dentro de um certo domínio de conhecimento. Mesmo que mais de uma pessoa elabore um mapa de conceitos sobre o mesmo tema, esse resultado não será igual, pois cada pessoa aprende em seu próprio ritmo. Segundo Novak (1998), isso é consequência do domínio do conteúdo que o mapa conceitual representa. Quando a proposta de elaboração de um mapa conceitual é de forma colaborativa, o papel da interação é relevante ao considerar que cada interagente contribui significativamente, revendo seus próprios conceitos e trazendo para a aprendizagem algo que lhe é muito particular: seus conhecimentos. Para Okada (2008), os critérios de avaliação de uma mapa conceitual são: organização (consistente), conteúdo (objetivo) e estética (claro).
Sobre o uso de MCs, (AUSUBEL, NOVAK e HANESINAN, 1978) concordam que a aprendizagem é um processo que ocorre quando o sujeito aprendente é capaz de, aproveitando de conhecimentos prévios, aprender ou descobrir novos conceitos, realizando-se uma interação entre os conceitos.
A conclusão das possibilidades de uso dos mapas conceituais como forma de aprendizagem é significativa, pois os componentes curriculares são melhor compreendidos; permite de forma colaborativa e interativa, uma aprendizagem mútua e participativa; a utilização do software Cmap Tools é de fácil utilização e não exige estudos avançados de informática, além de ter possibilitado a elaboração de mapas conceituais que levaram a visualização esquemática dos conteúdos.